6 lições que aprendi lendo A morte de Ivan Ilitch

Quando estava escrevendo a resenha desse livro maravilhoso chamado A morte de Ivan Ilitch, de Leon Tolstoi, percebi que realmente tinha aprendido, ou pelo menos, refletido muito em função dessa história.

Pensando nisso, resolvi compartilhar 6 lições que aprendi com esse livro por aqui também, e espero eles te incentivem a ler esse livro, que é melhor do que muito livro de auto-ajuda, viu?

(Não me entenda mal, eu amo livro de auto-ajuda, mas é bom lembrar que nós também podemos aprender com novelas, romances, ficções em geral.)

Fonte: Amazon

1- Não viva de aparências

Ivan Iltich se mudou para São Petersburgo porque lá ele teria uma renda maior. Obviamente, não existe nada de mais em almejar um aumento de salário, mas Ivan Ilitch previsava de um aumento porque gastava bem mais do que ganhava.

Estar na moda, ir às festas e receber convidados importantes em casa etc. tem um custo elevado e ele gostava de se sentir importante. Mas no fim, percebeu que não tinha amigos de verdade e que sua própria família não sentia empatia pela sua dor, quando ficou doente.

Eu não quero chegar ao fim da vida e me sentir como Ivan Ilitch se sentiu, sozinho e arrependido do seu passado. Por isso, esse personagem me fez pensar que tomar decisões apenas para ser aceito socialmente, ou para manter as aparências, não vale a pena.

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2- Não seja tão egoísta

Os médicos que cuidaram dele, seus familiares e até os amigos, o tratava com uma frieza, um certo distanciamento em função da doença, como se ignorassem o fato de que ele estava sofrendo.

Em vários momentos do livro, o personagem fala que tudo que ele queria era um abraço, que ele se sentia sozinho. Quer dizer, além de lidar com uma dor sem explicação, e que remédio nenhum aliviava, ainda tinha que lidar com a falta de empatia das pessoas com a sua situação.

Acredito que parte do motivo pelo qual somos egoístas é para auto-proteção. Porém é necessário trabalharmos a empatia em nossas vidas, nos colocar no lugar do outro, e entender que as pessoas sentem e possuem necessidades diferentes.

E isso é um processo de aprendizado. Se doar numa sociedade tão egoísta não é fácil.

3- Cuide de seus relacionamentos

Cuidar dos nossos relacionamentos é fundamental. Como disse Tom Jobim, é impossível ser feliz sozinho. Abandonar relacionamentos em crise nunca vai ter boas consequências no futuro. Fingir que está tudo bem também não.

E foi exatamente isso que Ivan Ilitch fez.

Casado com uma mulher ciumenta e desequilibrada, ele preferiu se afastar da vida familiar e se dedicar ao trabalho do que tentar resolver os problemas conjugais.

Resultado? O casamento acabou, apesar do casal continuar vivendo junto, e os filhos, especialmente a filha mais velha, não demonstraram empatia pelo pai quando ele mais precisava.

Tudo isso me faz pensar que é preciso resolver as pendências e tomar as atitudes necessárias para a manutenção dos nossos relacionamentos, por mais dolorosas que sejam, principalmente no contexto familiar, nosso núcleo social mais importante.

4- O sofrimento também ensina

Parece cliché, mas a verdade é que o sofrimento e a doença realmente nos fazem enxergar coisas que, até então, poderiam estar ocultas aos nossos olhos, principalmente no que se refere a relacionamentos.

Ivan Ilitch, por exemplo, só conseguiu enxergar as mentiras, a hipocrisia que o cercava e as decisões erradas em sua própria vida quando estava doente, à beira da morte. As dificuldades revelam as pessoas: os outros e nós mesmos.

5- Nem sempre haverá uma segunda chance

Ivan Ilitch consegue perceber tudo o que havia de errado em sua vida e em sua família em meio ao sofrimento. Porém, ele não teve tempo para mudar absolutamente nada. Morreu em função da sua doença desconhecida.

Isso me faz lembrar que nem sempre eu terei segundas chances para mudar. Não podemos esperar o sofrimento chegar para fazer o que é certo.

6- “O que eu estou fazendo com a minha vida?”

A história de Ivan Ilitch conversa com o leitor, especialmente nos seus momentos de dor e reflexão. Nessas horas, ao ser confrontado com a vida do personagem, você é levado a refletir sobre a sua própria vida e a questionar:

O que eu estou fazendo comigo?

O que estou construindo em termos de relacionamentos e legado? E não me refiro ao legado material aqui…

Tolstoi inicia o livro nos revelando que a história de Ivan Ilitch é comum. E ele não está errado… Todos nós vamos morrer um dia e é por isso que devemos nos fazer constantemente essas perguntas, até para não se arrepender do que fizemos, ou não, quando chegarmos ao fim da vida.

Conclusão

A história de A morte de Ivan Ilitch é emblemática e repleta de significados. Não é à toa que esse livro se tornou tão conhecido mundialmente. É aquele tipo de clássico que merece o título de clássico, e a prova de que romances também são capazes de ensinar. Todo mundo deveria ler.

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Curiosa, apaixonada por livros e completamente consciente de que ainda tem muito a aprender. Aqui, compartilho um pouco desse universo!
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