Esse foi o primeiro livro que eu li ambientado da Segunda Guerra. Tenho muita curiosidade para ler mais livros de ficção e não-ficção com esse tema.
Mas, como sei que o tema e os acontecimentos são muito pesados – e eu sou uma pessoa sensível – sempre adiei esse projeto.
Até que me deparei com o livro “O último trem para Londres” (Editora Harper Collins, 448 páginas), da Meg Waite Clayton, no Kindle Unlimited.
Não sei por qual motivo, resolvi dar uma chance para essa leitura e não me arrependi.
Inspirado em fatos reais, essa ficção histórica acompanha as mudanças na vida de Stephan Neuman, um adolescente de 15 anos que vê sua vida desmoronar e mudar totalmente com a chegada no nazismo na Áustria.
Embora ele não saiba, seu destino depende do trabalho de Truus Wijsmuller, uma mulher determinada a salvar 600 crianças e adolescentes judias do regime de Hitler.
Será que Truss conseguirá atingir seu objetivo? E o que acontecerá com Neuman?
Não vou responder essas perguntas aqui, é claro (nada de spoilers, hein?), mas vou compartilhar mais alguns motivos para ler esse livro e descobrir como essa história termina.
Continue a leitura!
Sinopse de “O último trem de Londres”
“Para Stephan Neuman — um adolescente de 15 anos que faz parte de uma família judia rica e influente e que sonha em se tornar dramaturgo —, os nazistas não passam de valentões chatos e irritantes. Sua melhor amiga é a brilhante Žofie-Helene, uma menina cristã e filha da editora de um jornal antinazista. Entretanto, a inocência sem preocupações deles é abalada quando os nazistas chegam ao poder.
Há uma esperança, porém. Truus Wijsmuller, que participa da resistência, arrisca sua vida levando crianças judias para fora do território nazista, transportando-as para outros países. É uma missão que se torna ainda mais perigosa depois que a anexação da Áustria pela Alemanha é declarada e à medida que nações começam a fechar suas fronteiras para o crescente número de refugiados desesperados para escapar.
Truus está determinada a salvar quantas crianças puder. Quando o Reino Unido aprova uma medida para aceitar refugiados que correm risco de vida no Reich, ela se atreve a se aproximar de Adolf Eichmann, o homem que mais tarde ajudaria a desenvolver a “solução final” para a questão judaica. Logo, Truus se encontra em uma corrida contra o tempo para resgatar Stephan, Žofie-Helene e diversos outros jovens em uma perigosa jornada rumo à Inglaterra.“
Minha opinião sobre este livro
A história é muito mais complexa e profunda do que resumi inicialmente e do que consta na sinopse do livro. Mais do que mostrar um pouco da crueldade do regime nazista e suas consequências terríveis, ele apresenta outro lado ainda mais sensível.
A história de Neuman, Truss e todos os outros personagens leva o leitor a sentir a angústia, o medo, o choque e o horror que aqueles tempos sombrios proporcionaram na vida das pessoas.
Para mim, além do impacto de enxergar os eventos e sentir os horrores através dos olhos das personagens, foi terrível ver como as pessoas aceitaram e normalizaram as práticas nazistas.
É assustador pensar que eventos como esse, em que a população aceita e defende ferozmente algum líder ou crença absurda, possam se repetir.
Ao mesmo tempo que aborda essas questões sensíveis, o livro lembra a importância do trabalho e dedicação de pessoas que arriscaram suas vidas para salvar o próximo. A determinação de Truss em ajudar pessoas que ela nem conhece, colocar sua vida em risco e fazer tudo o que é possível por esses desconhecidos, é inspiradora.
O mais impressionante é que todos os eventos apresentados no livro, especialmente a personagem e as atitudes de Truss, foram inspiradas na vida real, em pessoas reais. É surreal pensar que tudo aquilo realmente aconteceu.
Diante disso, só posso dizer que, se você gosta desse tipo de ficção histórica, ambientada na 2ª Guerra, e não se importa em ler uma história tão sensível e impactante, precisa ler “O último trem de Londres”!
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Olá Carolina! Não conhecia esse livro, fiquei interessada. Gosto muito de ler sobre as guerras mundiais. Você já leu O Diário de Anne Frank? Dê uma chance.