5 motivos para ler O Conde de Monte Cristo

Você já pensou em se vingar de todas as pessoas que te fizeram mau? E não estou falando de um “mau” qualquer. Estou falando de gente que destruiu seus planos, te afastou das pessoas que ama e, literalmente, te levou para a cadeia no melhor momento da sua vida!

E o pior: a prisão foi resultado de uma trama criada por pessoas próximas, que se aproveitaram da sua inocência para alcançar seus objetivos. Você era inocente, era sonhador e completamente ingênuo, mas foi jogado atrás das grades, sem direito a julgamento ou recurso, por um crime que não cometeu.

Mas, como o mundo dá voltas e Deus é justo, depois de muitos anos de sofrimento, você consegue fugir e enriquecer. O problema é que as mudanças que a decepção e a dor deixaram na sua vida foram tão grandes, que você se transforma em outra pessoa. Agora, seu objetivo é apenas um: vingança!

Bem, pelo menos essa foi a escolha do meu querido Edmond Dantès, o protagonista do famoso clássico O Conde de Monte Cristo (Editora Clássicos Zahar, 1664 páginas).

Numa trama cheia de reviravoltas e personagens incríveis, o livro te leva a uma viagem pela vida e pelo mundo de Edmond Dantès e basicamente te faz questionar o que você faria se estivesse no seu lugar.

Mas e se eu te contar que o fato desse livro ser um clássico e essa história ser envolvente não são os únicos motivos para investir nessa leitura? Para provar esse ponto, vou compartilhar com você 5 motivos para ler esse livro baseado na minha experiência de leitura.

Vamos lá?

Livro O Conde de Monte Cristo, Editora Clássicos Zahar.

1- É bem diferente do filme

Sou apaixonada pelo filme “O Conde de Monte Cristo”, adaptação de 2003 que foi baseada no livro de mesmo nome. E foi por conta dessa paixão que resolvi encarar o desafio de ler as 1600 páginas da obra. Eu pensava assim: “se o filme já é bom, imagina o livro?” E foi assim que decidi investir nessa leitura.

A princípio, pensava que já conhecia as principais partes da história. Mas, à medida que eu avançava a leitura, notei que o enredo e os personagens são bem mais complexos do que eu imaginava.

Embora a trama central do filme, que gira em torno das injustiças, retorno e vingança de Edmond Dantès, seja igual ao livro, a maioria das personagens e o próprio desenvolvimento da história é bem diferente da adaptação cinematográfica.

E não acho isso ruim. A leitura ficou muito mais interessante quando a história se distanciava do filme. Acho que as novidades do enredo prenderam minha atenção.

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2- A história é super atual

“O Conde de Monte Cristo” foi lançado em 1844. Mas, se você me dissesse que seu lançamento foi ontem, eu acreditaria. É claro que a linguagem, a rotina dos personagens e as questões sociais, são bem diferentes do que conhecemos hoje em dia.

Porém, os temas, os conflitos e o enredo trabalhado no livro são centrados na natureza humana, que é atemporal, ou seja, não muda.

Por isso, a história trata de questões relacionadas à inveja, ganância, amor, sofrimento, amizade, vingança, entre outros aspectos do ser humano que, independentemente das mudanças sociais, financeiras e tecnológicas que ocorreram nas últimas décadas, ainda fazem parte do nosso dia a dia.

E é por isso que histórias desse tipo ainda chamam a nossa atenção nos livros e filmes atuais. Provavelmente, é por esse mesmo motivo que esse livro é um clássico!

3- Edmond Dantès é incrível!

Não dá para negar a genialidade de Alexandre Dumas ao contar a história do nosso Conde de Monte Cristo. Que personagem inteligente, gente! Como expliquei, após fugir da prisão, Edmond Dantès decide se vingar.

E como ele faz isso? Com muita paciência e um plano bem astuto, que utiliza as próprias fraquezas e falhas das pessoas contra elas mesmas.

Bem manipulador, né?

Na prática, o personagem principal do livro age como uma espécie de “diabinho”. Ele não está “punindo” pessoas inocentes, mas influencia as pessoas a cometerem seus próprios erros, movidos, muitas vezes, por sua própria ganância e arrogância.

4- O amadurecimento do protagonista é inspirador

Como disse Seu Madruga “a vingança nunca é plena, mata a alma e envenena!” Acredito que Edmond Dantès aprendeu essa lição quando seu plano estava prestes a chegar ao fim. Isso porque as consequências daquilo que ele planejou também atingiu pessoas inocentes. E isso já era de se esperar, né? É impossível controlar o ser humano ou ter um plano perfeito de vingança.

Além disso, mesmo após fazer o que queria, o conde percebeu que nada traria as pessoas que amava de volta ou apagaria o sofrimento que ele experimentou.

No fim, ele entendeu que precisava encontrar um novo rumo para a sua vida e que não valia a pena continuar alimentando aquele ciclo de dor e ódio.

Não sei você, mas eu amo histórias que mostram esse processo de amadurecimento dos personagens.

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5- É plot atrás de plot!

“Plot” é uma abreviação de “plot twist”, expressão em inglês utilizada para se referir aquelas mudanças inesperadas que surgem no meio da história e que te prendem na leitura, já que você quer saber o que está acontecendo.

Se você gosta desse tipo de mudança e de se surpreender com os livros, então também vai gostar de ler “O Conde de Monte Cristo”. O livro é recheado de plots até as últimas páginas! O comportamento e o destino de alguns personagens me surpreenderam muito e me incentivaram a continuar lendo para saber o que ia acontecer.

Por isso, as mais de 1600 páginas desse livro não são difíceis de ler, já que o desenvolvimento da história sempre traz novidades que prendem a atenção do leitor.

Não tenha pressa e aproveite a leitura!

Sei que a competição por quem lê mais livros está em alta, especialmente nas redes sociais. Talvez, isso afaste os leitores dos calhamaços como “O Conde de Monte Cristo”, um livro volumoso que exige muito tempo de leitura.

Mas estou aqui para te lembrar que você não precisa ter pressa. Não quero que você tenha medo de ler esse livro porque não consegue ler rápido demais ou porque acha que nunca vai terminar a leitura. Eu mesma levei meses para concluir esse livro e tenho certeza que isso me ajudou a processar e aproveitar melhor essa leitura.

Então, não se assuste com o tamanho da obra, nem entre nessa “neura” de número de livros.

Leia por prazer e aproveite o momento. Acredite, sua leitura de “O Conde de Monte Cristo” será muito mais gostosa!

E você? Já leu esse livro?

Curiosa, apaixonada por livros e completamente consciente de que ainda tem muito a aprender. Aqui, compartilho um pouco desse universo!
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2 comentários em “5 motivos para ler O Conde de Monte Cristo

  1. Boa tarde Carol. Eu adquiri o livro alguns meses atrás e confesso que ainda não tive coragem para começar a leitura dado ao enorme número de páginas. Mas depois desses comentários confesso que aguçou minha vontade de devorá-lo o quanto antes. Obrigado pelo incentivo. Saudações.

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