Minhas 7 melhores leituras de 2021

Você também fica empolgado para fazer sua lista de melhores leituras do ano? Bem, eu fico muito animada!

Não sei se é porque li muito livro bom esse ano e gostaria que mais pessoas também lessem, mas amo criar e ver os escolhidos de outras pessoas.

Olhando em retrospectiva, percebo que em 2021 tive a oportunidade de ler muitos livros incríveis! Como expliquei no Instagram, os livros ajudaram a manter minha sanidade mental e meu bem-estar no ano que passou.

Para mim o ano passado foi difícil no âmbito pessoal. Por conta disso e de outros fatores, acabei desistindo da minha meta de leituras 2021.

Em compensação, fiz leituras que eu não imaginava que iam me encantar tanto!

Foi até difícil escolher apenas 5 favoritos. Tive que aumentar minha lista para 7 melhores leituras, que receberam esse título porque mudaram a minha vida e meu jeito de pensar.

E é claro que eu comentei sobre abaixo cada uma delas. Não estão em ordem de preferência, até porque não conseguiria criar um ranking desse. Cada uma delas ocupa um lugar diferente na minha mente e coração, mas todas me marcaram.

Compartilho aqui minhas preferências na esperança que essa lista te inspire a ler. Esse é o principal objetivo.

E se você também for do time dos livros, depois me conta quais foram os seus favoritos, tá?

A Revolução dos Bichos, George Orwell

“Todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros.”

Essa frase se tornou tão famosa, que talvez as pessoas nem saibam que ela é extraída desse livro, com uma história impossível de esquecer.

Já compartilhei a resenha desse livro aqui no blog, mas basicamente seu enredo mostra como ocorre e quais são as consequências de uma revolta que ocorreu na Fazenda do Solar.

E como o título indica, a revolta foi realizada pelos próprios, que expulsaram os humanos do local e assumem a administração do local. As consequências disso? Você já deve ter ouvido falar…

De forma genial, George Orwell utiliza uma simples fábula para descrever muito bem os perigos dos regimes autoritários. E o pior: algumas características que descritas no livro podem ser percebidas em nosso tempo.

Infelizmente, o autoritarismo, a manipulação, a mentira, a disputa pelo poder e a covardia ainda são sintomas bem evidentes em diversos sistemas políticos.

Como diria Cazuza: “Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades…” É triste…

Por conta dessa temática, agora entendo porque tanta gente fala sobre esse livro e porque ele deve continuar sendo discutido. Tenho certeza que não vou esquecer essa leitura.

O Jardim Secreto, Frances Hodgson Burnett

“Enquanto permitiu que sua cabeça ficasse cheia de pensamentos desagradáveis sobre suas antipatias e opiniões mal-humoradas a respeito das pessoas e se manteve determinada a não gostar de nada nem a se interessar por nada, Mary foi sempre uma criança enfermiça, amarela, entediada e infeliz.”

De forma bem lúdica, a autora britânica Frances Hodgson Burnett consegue mostrar a evolução de Mary Lannox e de seu primo, Colin, ambos crianças de 11 anos extremamente mimadas, problemáticas e com um passado familiar difícil.

Como mostra o trecho acima, o comportamento de Mary era tão ruim, que até sua aparência era estranha.

Porém, a medida que essas crianças entram em contato com o afeto, desenvolvem amizades e começam a cultivar o jardim, aprendem a cuidar um dos outros e a dedicar seu tempo para explorar o mundo. E o resultado só pode ser positivo!

Depois dessa leitura, finalmente entendi porque tanta gente ainda ama essa história infanto-juvenil.

Esse livro simplesmente conquistou meu coração!

A pérola que rompeu a concha, Nadia Hashimi

Esse livro me revelou uma realidade que eu não conhecia.

Basicamente, ele conta a história de duas mulheres que enfrentam problemas parecidos em função do regime político e do entendimento religioso dos governantes de seu país: o Afeganistão.

Conto mais sobre essa história emocionante na resenha desse livro. Mas posso adiantar que, sem dúvidas, esse é um livro que aborda um assunto difícil e delicado de uma maneira impressionante, com uma escrita incrível e envolvente.

A escritora americana de ascendência afegã Nadia Hashimi conseguiu se inspirar na história de milhares de mulheres para criar essas personagens que, infelizmente, são muito mais reais do que eu gostaria.

Embora Shekiba e sua descendente Rahima sejam separadas por 100 anos de histórias, ambas são obrigadas a enfrentar situações terríveis e absurdas pelo simples fato de serem mulheres numa realidade cruel, opressora e excludente.

Depois dessa leitura, percebi o quanto sou abençoada, porque muitas mulheres gostariam de as chances que eu tive, pelo menos serem alfabetizadas, e ainda não conseguem. É assustador! Realmente, ainda existe muita luta por justiça e igualdade pela frente.

Escritos da Casa Morta, Fiódor Dostoiévski

“Qualquer um, seja quem for e por mais humilhado que se sinta, mesmo que instintivamente, mesmo que inconscientemente, ainda assim exige respeito à sua dignidade humana.“

Essa é apenas uma das frases mais marcantes do livro Escritos da Casa Morta. Nessa obra, Dostoiévski revela um pouco do que viveu durante sua prisão na Sibéria, período que transformou sua vida e influenciou na escrita do autor.

Depois de ler esse livro, entendi de onde o escritor russo tirou inspiração para escrever “Crime e Castigo” e “Notas do Subsolo”, dois dos melhores livros que eu já li na vida!

Estou lendo Irmãos Karamázov agora e sei que Dostoiévski também se inspirou em pessoas reais para criar seus personagens.

Por tudo isso, Escritos da Casa Morta é uma leitura indispensável para quem quer entender a escrita do autor e para quem, como eu, tem curiosidade para compreender melhor o comportamento humano.

A Peste, Albert Camus

“Ah, se fosse um terremoto! Uma boa sacudidela, e não se falava mais nisso… Contam-se os mortos, os vivos, e pronto. Mas esta porcaria de doença! Até os que não a apanham parecem trazê-la no coração.”

Essa frase retirada do livro, é apenas uma das citações mais impactantes do livro A Peste.

Ela te lembra alguma coisa? Pois é… Não foi à toa que escolhi essa leitura.

Em abril de 2020, logo no início da pandemia, criei uma lista de livros que eu gostaria de ler depois que a ocorrência da COVID-19 diminuísse. A peste era um dos livros dessa lista, mas não aguentei esperar a pandemia acabar para começar a ler.

Com tanta situação absurda que vivemos nos últimos, negacionismo, hospitais lotados, demora na compra de vacinas, entre outras situações que eu jurava que só aconteceria na ficção, o que eu imaginava aconteceu: a leitura desse livro me impactou muito.

Embora Albert Camus utilize a peste para representar a chegada do nazismo à Argélia, é impossível não associar os fatos descritos na história com tudo que vivemos nos últimos anos.

Para completar, a escrita do autor realmente é envolvente e me deixou obcecada com a história. Não conseguia largar o livro. Por isso, ele não poderia ficar de fora dessa lista.

Para depois que eu partir, Heather McManny

E nunca digam que eu fui derrotada pelo câncer. O câncer pode ter levado o meu corpo, mas nunca levou nosso amor, riso, esperança, ou alegria.

Como não se emocionar com a história de Heather McManamy? Diagnosticada com câncer em estado terminal aos 35 anos de idade, Heather decide compartilhar seus últimos momentos de vida e como ela lidava com a situação.

Nesse meio tempo, ela ainda escreveu cartas para que sua filha pudesse ler depois que ela partisse. Expliquei melhor essa ideia quando compartilhei a resenha desse livro.

Mas ao contrário do que você pode estar imaginando, e como mostra a citação acima, o objetivo de Heather não foi escrever um livro que leve sofrimento ao leitor.

Apesar de compartilhar muitos momentos difíceis pelos quais passou, ela deixa uma mensagem de esperança e um incentivo a viver a vida e a aproveitar cada instante.

No fim da leitura, me senti abraçada e honrada pela oportunidade de conhecer a história dessa mulher que não deixou o câncer apagar seu brilho.

Ninfeias Negras, Michel Bussi

Panfletarei esse livro até o fim de minha vida!!!!!!!

Que livro maravilhoso! Simplesmente o melhor romance policial que eu já li!

O impacto foi tão grande que eu já que já sabia que Ninfeias Negras precisava estar na lista de melhores leituras do ano quando terminei o livro.

Acredite em mim: essa história que envolve a arte e a história de Claude Monet, a pequena cidade francesa de Giverny, assassinatos misteriosos e três mulheres bem diferentes vão te surpreender!

Comentei tudo que podia sobre esse livro nessa resenha. Mas fique tranquilo: foi difícil, mas não soltei nenhum spoiler. Não quero estragar sua surpresa.

E aí, quais foram as suas melhores leituras de 2021?